quinta-feira, agosto 06, 2009

Sobre o Rodrigo


O cenário da história se passa no bairro da Ponta da Praia, na cidade de Santos, litoral do Estado de São Paulo. Seu principal e única personagem é um rapaz de cabelos claros e traços europeizados chamado Rodrigo, regados a muito rock´n roll heavy metal, fumaças de cigarros Marlboro e algum sexo, para que atraiamos assim mais leitores para a história. Pareceria mais uma história comum, se você, caro leitor, não tiver o feeling para perceber quando se está diante de algo ou alguém cuja extração da essência resultaria em histórias riquíssimas e algumas lições de vida.

Só sei que desenrolar as teias de aranha que envolvem o ser humano e caracterizá-lo como matéria viva é tarefa das mais ricas, mas, ainda que assim seja, considero-me despreparado para descrever a personagem que tenho à mente de forma que consiga englobar um mundo que ele contenha dentro de si. Mas assim assumo o risco, por minha conta e risco. Que falte algo, pois algumas coisas sempre haverão de ser omitidas. E que eu ainda assim saiba usar as palavras corretas de acordo com aquilo que sinto e ajo.

Certas pessoas não são dignas de nota e, mesmo que o sejam, não nos forneceriam subsídios para nada mais do que uma anotação esquecida no bloco de notas guardada em alguma gaveta perdida pelo apartamento. Há tempos não sei notícias do moço descrito acima muito menos o que estará fazendo da vida, mas mentalmente e periodicamente, acrescento anotações mentais acerca dele. Sobre o caráter, a inteligência, a ironia fina e principalmente pela característica mais importante tudo: a sabedoria em um recinto de cretinos.

Não posso deixar passar a inteligência em um tempo em que o cérebro foi relegado a material de segunda linha e cada vez mais defenestrado pela sociedade em geral. Pensar está se tornando material de luxo e quem o faz cotidianamente é cada vez mais encarado como extraterrestre. Pois são os seres intergalácticos que me importam, eles que eu quero sentados no chão da sala formulando as teorias mais descabidas entre uma garrafa de cerveja e outra. E com boa música de fundo, obviamente. Eu quero ser instigado até meu cerne, eu quero pensar no novo sempre, ser alargado nem a fórceps. Pessoas que me fazem bocejar são cansativas. Eu quero que não me façam dormir, pois fechar os olhos me traria a sensação de tempo perdido e não aproveitado. Não aprendido. Não vivido e nem sentido. E com o Rodrigo eu tenho tudo isso, no pouco tempo que tivemos de convivência.

Pessoas banais eu encontro sentadas no banco da praça, mas pessoas instigantes eu sou obrigado a amarrar no pé da mesa e só deixar saírem da minha vida quando eu tiver sugado o máximo possível. E que eu ainda ultrapasse esse máximo.

Esse rapaz é o Rodrigo.

Ele é meu amigo.

Feliz Aniversário, rapaz. Tudo de bom pra você hoje e para todo o sempre. Ainda viverei para te ver entronizado no mesmo patamar de Melhem Adas, Milton Santos e Aziz Ab´Saber.


Um comentário:

Rodrigo Prol disse...

Grato pela palavras e sem dúvida foi um presente de aniversário esta homenagem q vc fez a minha pessoa Ed...E fico feliz há pessoas q me consideram msm e qto a mim, estou bem, volto em atividade no dia 17, por causa da Gripe Suína, segundo governo do Estado de SP...Fico mto feliz pela homenagem msm...E te digo q vc é meu camarada msm...Abraços, Ed !!!! =)